Da tristeza à tristeza

O planeta está chorando
Vieram lágrimas de repente
Cada gota que derruba
Leva com ela muita gente

Depois de uma seca tão pesada
Águas vem consumindo
Alagando alguns lugares
Muitos lares destruindo

Forte seca e forte chuva
População vai perecer
Não importa o que venha
Isso não pode acontecer

Com o tempo vem a conta
Ela é cara e crescente
O mais rico não a vê
E sobra para o carente
Dárcio Lazzarini
O último suspiro (Quinta – Poesia Edificante)
Nada do que passei na vida
Me preparou para esse momento…
Mas a chegada, me traz a paz e o alívio
Sentimento de dever cumprido!
Fiz o que pude e o que estava ao meu alcance!
A batalha foi árdua… a batalha da vida…
A luta que vale, não a luta da ganância
Da inveja, da mesquinharia….
Precisei chegar a esse ponto para entender!
Que o que vale é ter…
Ter pessoas para me ouvir, para dividir, para abraçar,
Pessoas para amar.
Aquelas, que mesmo a distância, ficavam…
Seja na torcida, na prece, na palavra de apoio!
Na piada mandada, na mensagem gravada, não importa
A luta trouxe seu custo… nada é de graça…
Mas, neste momento derradeiro, agora me liberto…
Me liberto de você! Do adeus a célula que não se comportou!
Sim, de você, que com velocidade se espalhou…
A vida de ponta-cabeça, ela ficou…
mas agora, no seu último suspiro, na minha remissão
abraço uma nova missão… a missão da vida…
Senhora Estatística, eu lhe enfrentei… olhei para a sua cara…
E olhando para o abismo… Eu lutei!
Busquei forças, aonde jamais imaginei! E posso dizer
Eu fiquei… e você, célula malcriada… não voltará!
Eu fiquei… e aos meus queridos, abraços e beijos darei.
Não é hora do meu último suspiro… ainda não! Não por você!
Na luta da cura que vem em senoide, nada como planejado
Fica a felicidade, por mais este ar respirado!
Dou meu adeus… um até breve a quem, nesta ala, comigo conviveu…
Deixo meu espírito e a fé, aos que ainda lutam…
Coragem… para ouvir o último suspiro
Mas dela, e não de quem a enfrenta com grande coração

Felipe Jacob Fenelon