logo
Sed ut perspiciatis unde omnis iste natus error sit voluptatem accusantium doloremque.
+387648592568
info@elatedthemes.com
Eighth Avenue 487, New York
Instagram Feed
Search
 

Minha História

Mostre otimismo, fé, força para lutar e muito Amor!

Família

Meu nome é Dárcio. Sou um rapaz com uma boa história para contar. Possivelmente, ajudará muitas pessoas que estão prestes a enfrentar ou já estão enfrentando as batalhas que enfrentei. Poderão até evitá-las com algum tipo de aprendizado com meus erros e acertos. Como uma história real é contínua, pois somos espíritos eternos, não colocarei um fim na história, somente um começo.

Tudo começou no dia 14 de julho de 1985, foi quando meus olhos abriram pela primeira vez, como Dárcio, no planeta Terra. Digo “como Dárcio” porque foi uma das muitas reencarnações. Meu nome, na verdade, é composto: Dárcio Aurélio. Em relação aos sobrenomes, peguei o Benetton da minha mãe e o Lazzarini do meu pai. Meu nome completo é Dárcio Aurélio Benetton Lazzarini. Um nome Italiano, mas sou descendente de portugueses também.

Minha mãe (Janete) é jornalista, mas trabalhou praticamente a vida inteira e continua trabalhando no varejo. Meu pai (Sylvio) é administrador e trabalha há muito tempo como empresário do setor de serviços, embora já tenha transitado em outros setores da economia. Eles se divorciaram muito precocemente, não tenho nenhuma lembrança dos dois juntos. Morei com minha mãe durante toda minha infância e juventude, meu pai sempre foi presente e me via nos finais de semana. Apesar dos meus pais não estarem juntos, sempre foram presentes em minha vida. Eu tive a vida de um jovem padrão de classe média da cidade de São Paulo.

Tenho dois irmãos, um mais velho, o Sérgio. Ele veio do primeiro casamento do nosso pai. O Sérgio é professor, uma pessoa muito inteligente com o perfil acadêmico. O irmão mais novo é o Fábio, ele veio do terceiro casamento do nosso pai. Fábio é chef de cozinha, músico, um grande artista. Nós três temos um ótimo relacionamento também. Aliás, a família inteira é unida. De vez em quando temos alguma discussão, mas nada fora do normal. Sempre fizemos e ainda fazemos questão de nos ver para conversar, dar risadas e matar a saudade. Tenho uma vovó também, a vovó Maria, ela é uma figura, sempre alegre e sorrindo.

Nossa família é bem maior, tios, tias, primos, primas, cunhados, cunhadas, sobrinhos, sobrinhas etc. Tenho um primo Leandro e sua mãe a tia Dirce, ela e minha mãe foram as responsáveis pelo meu interesse em se espiritualizar e estudar o assunto. Neste relato de vida, serei mais suscinto nessa parte para focar no mais importante, quando fica claro do porquê eu estar contando esta história.

Sempre fui uma criança e um adolescente tímido. Cultivei amigos no colégio e no bairro, muitos deles tenho até hoje. Apesar da timidez, nunca deixei de ser um brincalhão. Gosto muito de dar risadas com amigos, nos unir e “jogar conversa fora”. Temos um grupo de amigos que está junto há muito tempo, nos chamamos de Jaymes. Conforme fomos envelhecendo, o pequeno distanciamento foi natural, mas nunca deixamos de nos unir, de conversar e nos ver todas as vezes que podíamos. Somos uma grande família, irmãos para toda a vida.

Eu amo minha família e meus amigos. Tenho certeza de que a recíproca também é verdadeira. Percebo isso por todos os abraços que nos damos. O amor é latente, a energia é leve, dá para sentir a energia entrando no corpo, junto com aquele sentimento de felicidade e amor.

Tive relacionamentos amorosos ao longo da minha vida. Sou heterossexual e conheci várias mulheres, a maioria das vezes com relacionamentos mais superficiais, alguns relacionamentos mais profundos, mas nenhum parecido com a mulher que me casei. O amor da minha vida! Ela se chama Mônica, uma super companheira que me completa.
No final da minha adolescência, comecei a levar os estudos mais a sério. Cursei economia em uma ótima faculdade e fiz mestrado na sequência em uma outra grande instituição. Comecei a trabalhar em banco, fui para consultoria, abri com um amigo uma empresa no varejo e depois fui trabalhar com meu pai. Estamos trabalhando juntos até hoje.

Pandemia COVID

Em 2019, O mundo todo foi pego de surpresa com a pandemia do COVID. Diversas foram as reações dos países e diversos foram os resultados até descobrirem que a vacinação em massa era a melhor solução.

Muitas empresas fecharam as portas, algumas conseguiram se reinventar e sobreviver, outras se deram bem na pandemia, mas a maioria sofreu muito. Nossa empresa estava nessa última categoria.

Podemos dizer que a crise pandêmica e econômica no Brasil se solidificou em março de 2020. Meu pai administrava uma parte da empresa e eu outra. Minha saúde se deteriorou muito rápido ao longo de 2020. Eu segurei o barco na tempestade, mas a um custo de saúde muito alto. No final do ano, eu estava com sobrepeso grande, cheguei a pesar 125 kg, minha pressão estava alta 15/10, 16/11, tinha muitas alterações nos exames de sangue e eu estava com um nível de estresse altíssimo. Terrível falha minha que não soube lidar com o estresse e com as dificuldades que estava passando.

Apesar da minha vida pessoal estar perfeita. Muitos amigos, família unida e a mulher da minha vida ao meu lado. Minha vida profissional estava totalmente deteriorada, eu não conseguia ver saída sem passar por todo aquele estresse.

Toda essa situação intensificou o que eu considero o meu pior defeito: uma vida de excessos, tanto em comida como em bebida. Sempre fui uma pessoa que come e bebe muito. Desde pequeno. Comecei a beber em excesso quando eu tinha 13 anos de idade. Além disso, nunca me privei de nenhum alimento, o que tinha vontade de comer eu comida, sem me preocupar se fazia bem ou mal.

Meu consumo de álcool em 2020 foi o maior da minha vida. Meu organismo já estava apontando que algo estava errado, como se fosse um carro com várias luzes acesas no painel. Como dizem aqueles ditados “não existe almoço grátis” e “uma hora a conta chega”. Eu tinha noção que isso poderia acontecer, mas não sabia que a conta seria tão grande e que viesse tão rápido.

Primeira Crise Convulsiva

Em fevereiro de 2021, em um sábado, acordei bem confuso, não conseguia falar, explicar a situação, sabia que estava acontecendo algo bem grave. Minha única reação foi abraçar minha esposa para mostrar para ela que estava tudo OK, apesar de não estar e ter o entendimento que não estava. Minha esposa ligou para minha mãe e fomos para o hospital. Os médicos acharam que poderia ser um AVC e fui fazer uma Ressonância Magnética. No meio do processo, tive minha primeira crise convulsiva. Eu lembro de pouca coisa. Lembro de ter chegado no hospital e acordado na UTI.

Fiquei internado alguns dias fazendo uma série de exames para darem um diagnóstico. Acharam uma lesão no cérebro, mas ainda não sabiam o que era. Tive alta do hospital e fui para casa. Entre fevereiro e abril, sem um diagnóstico preciso, trabalhei e estudei em casa, estava cursando um doutorado em economia. Fiz muitos exames, mas continuava sem diagnóstico. No começo de maio, decidimos fazer uma biópsia no cérebro.

A Biopsia e diagnóstico

A evolução da medicina é algo impressionante. Sou extremamente grato a todos os médicos que me acompanharam. Essa biópsia que fui submetido se faz acordado. Abriram minha cabeça para analisar a lesão e mandar para a patologia dar o diagnóstico definitivo, mas fizeram isso falando comigo, dando impulsos no meu cérebro e analisando se o procedimento estava afetando algo. Com a cabeça presa e o neurocirurgião mexendo no meu cérebro, me faziam perguntas sobre o que eu fazia, sobre economia e eu conseguia responder tudo. Quando acabou a biópsia, fui para o quarto. A bola estava com a patologia naquele momento, precisava dar o diagnóstico final.

Desde fevereiro, diziam que poderia ser uma doença desmielinizante chamada Anti-MOG. No final de março, quando viram um aumento da lesão, cogitaram um linfoma. Depois da biópsia, descartaram o ANTI-MOG e ficou entre linfoma e tumor. Alguns dias depois, a patologia veio com diagnóstico de tumor com o nome Glioblastoma irressecável, IDH1 selvagem, MGMT não metilado, Grau 4 da OMS. Esse é o câncer mais agressivo que cresce na maior velocidade. Começara um primeiro round, e eu estaria no rinque contra o maior oponente, estamos falando de Muhammad Ali e Sugar Ray Robinson. Se é para subir no rigue e lutar, que seja uma grande luta. Logo depois da cirurgia tive uma segunda crise convulsiva. Eu acordei de novo na UTI. Lembro de ter visto minha mulher, mãe, pai e irmão. O clima não estava muito legal, todos de máscara, mas seus olhos entregavam a preocupação. Apesar de estar com muita dificuldade de falar e ouvir, minha cabeça funcionava bem. Eu estava feliz em saber o diagnóstico, nada como saber contra quem você vai lutar. Colocar uma luva, subir no rinque e não saber o oponente é uma sensação horrível. Eu já estava colocando a luva e estava pronto para a luta, super otimista que iria vencê-la, na minha cabeça não existia a possibilidade de perder, sempre quis viver até os 100 anos com muita saúde, a conta não fecharia morrer precocemente. Uma pena que não consegui passar para minha família, naquele momento, o meu otimismo e fé de que sairia daquela situação. Não conseguia me comunicar direito.

Com o tempo, minha fala e audição foram voltando e eu conseguia me expressar. Passei para família e amigos meu otimismo, minha fé em Deus, força, coragem, resiliência e certeza de que eu sairia daquela.

Tratamentos

Comecei a quimioterapia e radioterapia. A quimio de forma oral, o primeiro ciclo foi de 45 dias seguidos com uma dosagem mais baixa. Simultaneamente a quimio, 30 sessões de radioterapia. Tomei anti-inflamatórios e anticonvulsivos para auxiliar no tratamento contra o câncer. Eu e a Mônica entramos com muita dedicação em um período de estudo sobre a doença e sobre a cura, sobre o que podíamos fazer para auxiliar o tratamento. Sempre que encontrávamos um estudo novo, artigo acadêmico, elemento descoberto, alimento específico que pessoas usavam como tratamento, nós perguntávamos para os médicos oncologistas se fazia sentido usá-los para ajudar. A palavra final, sempre, foi dos oncologistas.

Além dos tratamentos tradicionais, eu tomei canabidiol, cúrcuma, cortei bebidas alcoólicas e fiz uma alimentação bem mais saudável. Não me privei de nenhum alimento, se eu tivesse com muita vontade de comer uma fritura, um doce, eu não passava vontade. Isso é muito importante, pois o ganho de bem-estar que você tem supera o mal que o alimento te faz. Aos poucos, vamos entendendo que é muito importante estarmos felizes durante o tratamento. O somatório de pequenos atos de felicidade faz grande diferença no processo de cura.

Sou muito grato por ter a equipe médica que tive. Os oncologistas que me trataram são fantásticos. Além de estarem na fronteira do conhecimento, eles tratam seus pacientes com muito carinho. Isso faz toda a diferença. Os outros médicos que me acompanharam também foram espetaculares comigo, o neurocirurgião, neurologista, endocrinologista e radiologista. Só tenho gratidão por eles e pela oportunidade de ter tido um tratamento convencional tão bom.

No começo do tratamento, tive um surto psicótico. Estava dormindo muito pouco, um medicamento me tirava o sono, dormia no máximo duas horas por dia. Ademais, o anticonvulsivo que tomava tinha alertas de que isso poderia acontecer com uma pequena parcela das pessoas, fui uma delas e parei novamente na UTI. Tive alta bem rápido depois de trocar o anticonvulsivo, voltei ao normal no dia seguinte.

Sofri muito nesse surto, nunca tinha tido tanta ansiedade, pânico, sentimentos deletérios e medo. Mas recebi grandes lições e tirei muitas conclusões com tudo o que passei. Nunca podemos subestimar uma pessoa com depressão ou síndrome do pânico. Não somos juízes para julgar, não temos ideia do que pode passar na cabeça da pessoa. Temos que fazer um único ato nobre, estender a mão e oferecer ajuda e amor, mostrar as coisas boas da vida, nem que sejam pequenas. O somatório de vários momentos de alegria aumenta o bem-estar da pessoa e do entorno dela, virando um processo retroalimentado de amor.

O suicídio é um assunto que poucos querem falar, um tabu. Muitas vezes, o suicida está em uma depressão muita profunda, combinada com remédios em excesso ou a falta deles. Uma combinação de muitos problemas. Eles são doentes e precisam de ajuda, não podem ser marginalizados antes dos atos suicidas. A marginalização e solidão deles só piora a situação. Por isso, o ato mais nobre das pessoas no entorno é sempre dar uma mão, oferecer ajudar e mostrar as coisas boas da vida.

Todos os desafios que enfrentamos na vida se transformam em uma árvore cheia de frutos. Podemos pegá-los, entendê-los e absorvê-los. Estão ali, nos esperando. Para evoluirmos, precisamos de paciência e resiliência. Mas vale a pena, plantando caridade e amor, a colheita sempre será boa.

Começando a entender a doença

Precisamos ter na cabeça que o plantio é facultativo, mas a colheita é obrigatória. Colhemos o que plantamos. Quem não planta nada vai colher também. As lutas que temos nas nossas vidas são oportunidades para nos edificarmos e depois semearmos e plantarmos melhor. No longo prazo, teremos melhores colheitas e um aumento de bem-estar nos conectando mais facilmente ao Amor.

Não sei porque o tumor brotou no meu cérebro. Pode ter sido algo genético, o estresse, a vida de excessos que tive antes do câncer ou algo programado pelo plano espiritual. Para mim, saber a causa não é tão importante quanto a reação da pessoa depois que souber o diagnóstico. Olhar nos sites de busca a expectativa de vida logo depois do diagnóstico é a pior estratégia. Nunca passou pela minha cabeça fazer isso. Sempre quis viver 100 anos com o vigor de um rapaz de 20 anos. Uma morte antecipada interromperia um dos meus sonhos, tenho o livre arbítrio para lutar por todos eles. Depois do diagnóstico, conheci meu oponente, a estratégia de luta poderia ser desenhada e uma vitória almejada, uma boa razão para cultivar o otimismo e entrar na luta com mais garra e um latente espírito de vencedor.

O equilíbrio corporal e mental é muito importante para receber qualquer tipo de tratamento. Isso vale para todas as doenças. Levar uma vida com uma dieta saudável e balanceada é muito importante. Isso não quer dizer que devemos fazer uma dieta muito restritiva. Quando se tem muita vontade de comer algo, temos que comer. O benefício gerado pela satisfação do ato supera de longe o malefício que a ingestão pode gerar. Eu adoro um churrasco, nunca me privarei disso. Amo vinhos, também nunca me privarei, mas consumirei com muito mais parcimônia. Antigamente, bebia sozinho de duas até três garrafas de vinho e cultivada este hábito como se fosse normal.

Manter o equilíbrio mental também é muito necessário. A forma como reagimos a uma situação de estresse ou até uma vida estressante que vão criar o equilíbrio ou o desequilíbrio mental. Por isso, a vigília dos nossos pensamentos negativos é a chave de ouro. Quando conseguimos vigiar os pensamentos deletérios, não deixando-os nos afetar, conseguiremos nos conectar em melhores vibrações, seremos pessoas mais serenas e amorosas. Fazer isso não é fácil, mas é possível. Temos que encarar como se fosse um treinamento em uma academia, o resultado não vem de imediato. Mas com muito treino, paciência e persistência, alcançaremos o que quisermos.

Durante todo o tratamento do meu corpo físico, fui submetido a diversas cirurgias espirituais e passes de cura em um centro espírita. Não podemos ter um corpo físico saudável e um corpo espiritual doente e não podemos ter um corpo físico doente com um espiritual saudável. Há uma simbiose entre os corpos, temos que mantê-los saudáveis para a doença não perdurar. Muitos não dão a devida atenção ao corpo espiritual, ou não acreditam na existência dele. Mas ele existe e precisa de cuidados. Somos espíritos com dois corpos: o físico com uma matéria mais densa composta com os elementos que encontramos no planeta terra, e o espiritual que é composto por uma matéria muito menos densa quando comparado com os elementos do corpo físico.

Fui internado uma quarta vez depois de uma crise de convulsão. Passei cinco dias no hospital com uma notícia de que a lesão no cérebro tinha aumentado. Levantaram a possiblidade do aumento da lesão ser uma radionecrose. Uma radioterapia pode gerar isso, tecidos mortos durante o processo. O que no final das contas é bom porque garante que os tratamentos estão funcionando. Fiz uma ressonância magnética de crânio com espectrometria e estudo de perfusão. Esse é um exame que dura quase três horas. Entramos em uma máquina cilíndrica e apertada com o rosto preso em uma máscara. O tubo que entramos é extremamente claustrofóbico e o barulho do equipamento é ensurdecedor. Muitos pacientes desistem de fazer ou pedem para serem sedados no exame. Encaro esses processos como desafios edificantes. São provas que temos a oportunidade de fazer. Sempre saímos mais fortes, resilientes e com algum aprendizado. Por isso, nunca pedi nenhum tipo de sedação nos exames. Eles são aulas práticas de como termos autocontrole, como vigiarmos nossos pensamentos deletérios em situações extremas, como nos conectarmos no Amor e vibrações mais elevadas em ambientes mais suscetíveis a conexões com vibrações menos elevadas, como mantermos a calma, como controlarmos nosso batimento cardíaco através da respiração e como abstrair de barulhos perturbadores. É uma grande oportunidade de aprendizado. Ganhamos resiliência e engrossamos nossa casca a cada minuto de sessão.

Uma outra forma de aprendizado e edificação da nossa paciência e resiliência é lidando com os efeitos colaterais de todos os medicamentos. A radioterapia, quimioterapia, anti-inflamatório, protetor do estômago, anticonvulsivo, Avastin e remédio para diabetes têm efeitos colaterais. No meu caso, troquei o anticonvulsivo e não tive mais efeitos colaterais desse medicamento. Todos os outros medicamentos geraram diferentes efeitos colaterais: cansaço, fadiga muscular, tontura, prisão do ventre, interferência no sono (fica muito difícil dormir), você sente seu corpo definhar, os músculos irem embora, a perna e o joelho ficam inchados e dá uma vontade incontrolável de comer doces, o que é muito ruim para uma pessoa que já tem insulina e colesterol altos. Acredito que os efeitos colaterais devem variar de pessoa para pessoa. Além disso, eles variam ao longo do tempo, conforme você vai lidando com eles. Eu aprendi a lidar com todos os efeitos, não sei se o que fiz vale para todo mundo. Mas a lição que tive foi: sempre manter o corpo físico saudável e equilibrado. Tomar muita água, dieta equilibrada (eu fiz low carb), dormir bem (tomava Rivotril todas as noites), fazer exercícios físicos (isso é crucial) e ficar um tempo no sol (vitamina D é muito importante), sem contar que te deixa em mais contato com a natureza, você sente um recarregamento energético. Depois que consegui equilibrar meu corpo físico, os efeitos colaterais ficaram muito mais fáceis de lidar, chegou um momento que eles eram imperceptíveis. Minha vida estava praticamente normal, conseguia trabalhar, estudar e seguia com os tratamentos e exames de controle.

Em um desses exames, recebi o resultado de que a lesão tinha reduzido acentuadamente. Sempre tive certeza da minha vitória. Nunca deixei meu otimismo cair e nunca perdi a fé. Apesar de saber que um dia receberia um resultado daquele, de acreditar piamente que leria um laudo médico similar, quando recebi a boa notícia, de fato, a sensação é de vitória. O momento é euforizante e gratificante. Um sentimento de gratidão por tudo o que eu tive de tratamento, por todas as pessoas que cuidaram de mim, todos os médicos que participaram do processo, todos que oraram pela melhora e, principalmente, pela oportunidade que tive enquanto muitos não tiveram. Muitas pessoas não têm acesso ao tratamento tradicional de um câncer, não podemos deixar isso de lado. Existem instituições de caridade que tentam corrigir essas distorções e elas precisam de apoio. As ONG’s em geral estão sempre atuando onde o governo não consegue ou não quer chegar, é como se fosse aquele canto sujo de um quarto aonde a vassoura não chega. Mas existem boas pessoas, bons espíritos que não delegam a limpeza do canto sujo, não deixam de olhar para os necessitados. Eles trabalham para o bem, para o Amor, a verdadeira caridade incondicional, não esperam nada em troca. Todos os desafios de nossa vida, quando bem enfrentados e colhidos seus frutos de evolução espiritual, nos deixará perto dessas pessoas do bem. Não só entenderemos o verdadeiro Amor na teoria, mas internalizaremos o Amor e o praticaremos diariamente. Amar Deus, nos amar, amar os outros e amar o meio ambiente.

Muitas curas são alcançadas quando entendemos, encaramos e tiramos os frutos de todas nossas provas e missões. Nossa transformação corporal e espiritual, além de curar as doenças já implantadas, evitarão muitas futuras. Doenças e lutas vêm para o bem, só precisamos compreender e tirar os lindos frutos que elas nos dão.
Tenho uma vida normal. Trabalho no setor privado, trabalho voluntariamente no terceiro setor (ONG Vida Jovem), estudo, me divirto com minha mulher, família e amigos. Sigo com os tratamentos. Mas sou uma pessoa modificada, muito mais feliz, espiritualizada, equilibrada e conectada ao Amor.

Estudando artigos para entender o lado físico

Depois de descobrir a expectativa de vida real na terra. Comecei pesquisar as pessoas que viveram mais, os valores extremos como diz a estatística. A grande pergunta é: como viro um valor extremo? O que fazer? A resposta está na customização do tratamento. Cada pessoa é única e ela ainda muda ao longo do tempo. O negócio funciona como um painel estatístico que varia ao longo do tempo com vários indivíduos diferentes.

O processo é o contrário, não é montar a base e rodar um modelo para estimar as médias condicionais. O processo para quem tem a doença é se descontentar com a média apresentada e buscar na base de dados uma customização para seu tratamento. Os Oncologistas colocam o paciente no protocolo padrão (essa média condicional estimada), se ele for bom e mudar o tratamento e medicação quando perceber que não funciona, confie nele, eu confio no meu. Se o oncologista não for dinâmico, tenha cuidado e procure outras opiniões.

Independente da qualidade do seu oncologista, sempre estude e procure medicamentos alternativos e dietas que atender você. Sempre lembrando que cada pessoa terá uma única seleção de medicação, tratamentos e dietas. Cada pessoa é uma pessoa e ela ainda varia ao longo do tempo. Eu entrei no tratamento com insulina, glicose, colesterol, triglicérides e ferritina muito alta. Ao longo do tempo meu organismo foi melhorando, ou seja, outro Dárcio. Isso sempre pode acontecer, entramos de um jeito na luta e vamos evoluindo. Comecei trabalhando minha cabeça (espírito), meu corpo espiritual e por último fui para meu corpo físico. Lembre que somos espírito com um corpo físico e um corpo espiritual. A troca do medicamento da quimio que foi a faísca para meu estudo aprofundado dos casos com o Glioblastoma.

Somos espíritos eternos. “Minha História” não tem fim. Por isso, minha última frase será assim…

Sorry, the comment form is closed at this time.